domingo, 26 de outubro de 2008

Reciclagem musical XVI

Esta 16ª reciclagem musical recua um pouco mais no tempo, até 2001, ano em os britânicos Muse lançaram o seu segundo álbum Origin of symmetry. Uma das canções deste álbum, chama-se citizen erased e tal como muitas outras deste grupo inglês (deste e de outros álbuns) tem bastante que se lhe diga.

"Citizen Erased"

Break me in,
Teach us to cheat
And to lie, cover up
What shouldn't be shared?
All the truth unwinding
Scraping away
At my mind
Please stop asking me to describe him

For one moment
I wish you'd hold your stage
With no feelings at all
Open minded
I'm sure I used to be so free

Self expressed, exhausting for all
To see and to be
What you want and what you need
The truth unwinding
Scraping away
At my mind
Please stop asking me to describe

For one moment
I wish you'd hold your stage
With no feelings at all
Open minded
I'm sure I used to be so free

For one moment
I wish you'd hold your stage
With no feelings at all
Open minded
I'm sure I used to be so free

Wash me away
Clean your body of me
Erase all the memories
They will only bring us pain
And I've seen all I'll ever need

Se pararmos um pouco para pensar, a vida vista de fora parece-se um pouco com um imenso baile de mascaras. Todas as pessoas acabam por se esconder por detrás de representações mais ou menos próximas de si mesmas, num teatro interminável e em constante mudança, onde nada pode ser dado como certo. Onde todos se escondem, onde todos parecem ser aquilo que não são, esforçam-se por ser aquilo que os outros esperam que eles sejam em cada momento. Mas neste teatro complexo e imprevisível é fácil sentirmo-nos perdidos, desejando que a peça pudesse parar por momentos, para podermos tentar compreender-lhe as regras, pudéssemos ver os verdadeiros rostos que se escondem atrás das máscaras, pudéssemos questionar o que acontece a nossa volta, sermos mais livres de seguir outros rumos. Por outro lado, tanto nos esforçamos por ser o que é esperado de nós, o que sentimos ser o que os outros precisam, esquecemo-nos de sermos simplesmente nós mesmos, acabamos por não conhecer verdadeiramente as pessoas à nossa volta, se construímos tudo com base se algo que acaba por não ser verdade, e quando esta vem ao de cima, tudo caí como uma castelo de cartas.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Manhãs

Hoje tive de madrugar. Saí de da casa pouco passava das 7h da manhã, ainda o céu era um tom azul-escuro carregado que lembrava muito mais a noite do que a manhã que se anunciava. Os candeeiros da rua, ainda acesos, só reforçavam essa imagem. À minha volta tudo parecia adormecido, as ruas desertas pareciam irreais, um palco vazio à espera que a peça da rotina diária se inicie com o seu ritmo próprio, enquanto saboreia os últimos instantes de paz. Por banais e insignificantes que pareçam, estes momentos de solidão tornam-se quase mágicos. Como se a tranquilidade à minha volta pudesse incorporar-se em mim, me permitisse estar só com os meus pensamentos, ter apenas a música por companhia, olhar pela janela e vez o céu a assumir um azul claro a cidade a despertar, dar inicio a mais um dia.