segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Fotografias - Postal

Este post vai ser dedicado a uma pequena selecção de fotografias que eu tirei em 2006 e 2007 que eu penso que são imagens representativas de vários lugares por onde eu passei e que considero que merecem uma visita. Espero que vos inspire!




Vista do Miradouro de Penacova, Penacova, Portugal






Ponte Velha, Florença, Itália








Catedral e Torre de Pisa, Pisa, Itália







Canal do Principe, Amesterdão, Holanda







Margens do rio Spree, Berlim, Alemanha






Vista do rio Elba sobre o centro histórico da cidade, Dresden, Alemanha








Vista do castelo de Praga a partir do rio Moldávia, Praga, Republica Checa

domingo, 16 de setembro de 2007

Ratatui


Aqui há dias fui ver ao cinema um filme muito saboroso. Não tanto pelo facto se passar em grande parte num cozinha onde se preparam iguarias, mas sim pelo facto de ter na sua história algo de tão doce que se poderia quase saborear. Este filme conta-nos a história de Remy, uma rato apaixonado pela culinária que consegue juntamente com Liguini, um rapazinho das limpezas, revolucionar a alta-cozinha parisiense. Com a magia que os filmes da dysney às vezes têm mostra-nos de um modo delicioso o poder do sonho. Mostra-nos como o candidato, que à primeira vista é o mais desadequado para uma tarefa, pode ser de facto o mais indicado para ela. Afinal nem tudo o que parece é, temos de ver para além do óbvio para descobrir e aceitar a verdade, e muitos não estão dispostos a fazê-lo. Remy é além de um sonhador é além com muita coragem para enfrentar um mundo hostil, e muita determinação em conseguir o que quer, mesmo com aparentemente tudo contra ele. Mas é antes de mais uma grande história de amizade, solidariedade e compromisso entre um rato e um rapaz desajeitado que trabalham juntos por um objectivo comum e acabam por construir algo muito mais sólido do que se poderia esperar. Recheado de momentos hilariantes e de uma historia tocante, para crianças e para adultos, que nos convida a não desistirmos dos nossos sonhos e que por mais altos que pareçam os obstáculos no caminho é possível reescrevermos o destino que foi escrito para nós.

Reciclagem musical V


Existem canções a que é difícil ficar indiferente. Entre elas, na minha opinião contam-se dois dos últimos grandes êxitos dos Queen, as canções “Innuendo” e “The show must go on” do álbum “Innuendo”, publicado em 1991, a escassos meses da morte de do seu vocalista Freddie Mercury.


While the sun hangs in the sky and the desert has sand
While the waves crash in the sea and meet the land
While there's a wind and the stars and the rainbow
Till the mountains crumble into the plain

Oh yes we'll keep on trying
Tread that fine line
Oh we'll keep on trying yeah
Just passing our time

While we live according to race, colour or creed
While we rule by blind madness and pure greed
Our lives dictated by tradition, superstition, false religion
Through the aeons, and on and on

Oh yes we'll keep on trying
We'll tread that fine line
Oh oh we'll keep on trying
Till the end of time,
Till the end of time

Through the sorrow all through our splendour
Don't take offence at my innuendo

You can be anything you want to be
Just turn yourself into anything you think that you could ever be
Be free with your tempo be free be free
Surrender your ego be free be free to yourself

If there's a God or any kind of justice under the sky
If there's a point if there's a reason to live or die
If there's an answer to the questions we feel bound to ask
Show yourself - destroy our fears - release your mask

Oh yes, we'll keep on trying
Hey, tread that fine line
Yeah we'll keep on smiling yeah (yeah yeah)
And whatever will be, will be
We'll keep on trying,
We'll just keep on trying
Till the end of time, till the end of time
Till the end of time


Esta canção acaba por fazer uma certa critica a muitos dos vícios da humanidade. Porque desde que o mundo existe tal como o conhecemos, a injustiça, o preconceito, a ganância e a ignorância pautam e destroem a vida de tantos seres humanos. Lembra-nos de todo o sofrimento causado pela mesquinhez e intolerância de tantos que resistiu a todas as revoluções e é transversal a todas as culturas e sociedades. Ao mesmo tempo transmite-nos uma grande mensagem de esperança, incita todos que vivam à sua maneira, sigam o seu próprio ritmo e persigam os seus sonhos. E termina de um modo grandioso perguntando-se o que todos os seres humanos se perguntam desde tempos imemoriais, se existem algo mais do que aquilo que podemos ver, se há alguma lógica por detrás de tudo o que acontece. Mas mais do que tudo isso diz que todos temos de continuar, de tentar tornar este mundo um lugar melhor e todos temos de enfrentar o futuro de frente, atrevermo-nos a sermos nós próprios sem nos deixarmos dominar pelo medo e sem nos escondermos por detrás de máscaras.


Empty spaces, what are we waiting for
Abandoned places, I guess we know the score
On and on, does anybody know what we are looking for
Another hero, another mindless crime
Behind the curtain in the pantomime
Hold the line, does anybody want to take it anymore

The show must go on,
The show must go on
Inside my heart is breaking
My make-up may be flaking, but my smile... still stays on

Whatever happens I'll leave it all to chance
Another heartache, another failed romance
On and on, does anybody know what we are living for
I guess I'm learning (I'm learning) I must be warmer now
I'll soon be turning (turning, turning) round the corner now
Outside the dawn is breaking
But inside in the dark
I'm aching to be free
The show must go on, the show must go on, yeah
Oooh, inside my heart is breaking
My make-up may be flaking, but my smile... still stays on
Yeah oh, oh, oh
My soul is painted like the wings of butterflies
Fairy tales of yesterday will grow but never die
I can fly, my friends The show must go on, yeah yeah

The show must go on, go on, go on
I'll face it with a grin
I'm never giving in, on with the show

I'll top the bill,
I'll overkill
I have to find the will to carry on
On with the, on with the show

The show must go on, go on, go on...

Quantas vezes a vida não parece uma sucessão de becos sem saída, em que caminhamos sem saibamos realmente para onde vamos, onde tudo parece encenado num teatro de uma peça absurda onde nada faz sentido. Entre o fracasso e a desilusão tantas vezes sonhamos que uma nova alvorada traga uma nova oportunidade. Mas apesar de tudo isso, quer o queiramos quer não, a vida segue sempre o seu curso implacável, não espera que nos curemos dos nossos desgostos e estejamos prontos para seguir em frente. Esse é o nosso desafio: o que arranjar a determinação para nunca desistir, para continuar sempre, para que o nosso espectáculo nunca pare, porque ele continuará sem nós, se nos não continuarmos com ele.