quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Antologia cinematográfica de 2009

Contráriamente ao que anconteceu em termos de leitura o ano de 2009 foi paupérrimo em termos de cinema. Fui pouquissimo ao cinema, e das vezes que fui nem sempre gostei dos filmes que fui ver. Contudo, também este ano teve os seus bons momentos cinematográficos que vale a pena revisitar. A lista dos filmes que eu vi (e não me arrependo de ter ido ver) é a seguinte:

1. Quem quer ser bilionário? (Slumdog millionaire) – (4 estrelas)

2. Valsa com Bashir (Waltz with Bashir) – (5 estrelas)

3. Underworld: A Revolta (Underworld: Rise Of The Lycans) – (3 estrelas)

4. Anjos e Demónios (Angels and demons) – (3 estrelas)

5. Iminigos Publicos (Public Enemies) – (3 estrelas)

6. O ABC da sedução - (2,5 estrelas)

7. Cheri (Cheri) – (3 estrelas)

8. Sacanas sem lei (Inglorious Bastards) – (3,5 estrelas)

9. Amor por acaso (Love happens) – (2 estrelas)

10. Lua Nova (New Moon) – (3 estrelas)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Antologia Literária de 2009

Como já vem sendo hábito, aqui fica a lista dos livros que li este ano. Este foi um ano de muitas leituras, umas muito boas, outras nem tanto. Contudo, e para recordação, estes foram os livros lidos durante este ano de 2009.

1) Stephenie Meyer – Breaking Dawn (Fantasia)

2) Marion Zimmer Bradley – The Mists of Avalon – The High Queen (Fantasia)

3) José Saramago – Ensaio sobre a cegueira (Romance/Ficção Cientifica)

4) Marion Zimmer Bradley – The Mists of Avalon – The King Stag (Fantasia)

5) Daniel Silva – O criado secreto (Thriller/Espionagem)

6) Marion Zimmer Bradley – The mists of Avalon – The Prisoner in the Oak (Fantasia)

7) Daniel Silva – O Confessor (Thriller/Espionagem)

8) Daniel Silva – Príncipe de Fogo (Thriller/Espionagem)

9) Bernard Cronwell – Sharpe’s Siege (Thriller/Espionagem)

10) Maria V. Snyder – Poison Study (Fantasia/Aventura)

11) Daniel Silva – Morte em Viena (Thriller/Espionagem)

12) Bernard Cronwell – Sharpe’s Revenge (Thriller/Espionagem)

13) Daniel Silva – O Assassino Inglês (Thriller/Espionagem)

14) Paul Auster – Loucuras em Brooklyn (Romance)

15) Daniel Silva – A Mensageira (Thriller/Espionagem)

16) Marion Zimmer Bradley/ Andre Norton/ Mercedes Lackey – As mulheres da casa do tigre (Fantasia)

17) Daniel Silva – The Kill Artist (Thriller/Espionagem)

18) Oscar Wilde – O leque de Lady Wildemere, Uma mulher sem importância, Um marido ideal, A importância de ser Earnest (Teatro)

19) José Saramago – A viagem do Elefante (Romance Histórico)

20) Colleen McCullough – O primeiro homem de Roma II – Coroa de erva (Romance Histórico)

21) Colleen McCullough – O primeiro homem de Roma III – Os Favoritos de Fortuna (Romance Histórico)

22) Maria V. Snyder – Magic Study (Fantasia/Aventura)

23) George R. R. Martin – Daenerys (Fantasia/Aventura)

24) Paul Auster – A triologia de Nova Iorque (Romance)

25) José Saramago – Memorial do convento (Romance Histórico)

26) Paul Doherty – Nightshade (Romance Histórico/Policial)

27) Arturo Pérez-Reverte – O Cavalheiro do Gibão Amarelo (Romance Histórico/Aventura)

28) L. J. Smith – Despertar (Fantasia)

29) L. J. Smith – Conflito (Fantasia)

30) Michael Ruse – Pode um darwinista ser cristão? (Divulgação Cientifica)

31) Bernard Cronwell – Sharpe’s Waterloo (Romance Histórico/Aventura)

32) Daniel Silva – Moscow Rules (Thriller/Espionagem)

33) Jean-Louis Fetjaine – O crespúsculo dos Elfos (Fantasia)

34) Daniel Silva – The Defector (Thriller/Espionagem)

35) Bernard Cronwell – Sharpe’s Devil (Romance Histórico/Aventura)

36) Julliet Marillier – Heir to Sevenwaters (Fantasia/Aventura)

37) Eça de Queiroz – Uma campanha alegre (As Farpas) volume I (Artigos de opinião)

38) Michael Crichton – Next (Thriller/Ficção Científiica)

39) Nick Hornby – A long way down (Romance)

40) Anne Rice – Angel Time (Fantasia)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Muse no Pavilhão Atlântico


Quase 10 meses depois do ultimo concerto a que eu fui em 2009, chegou no Domingo finalmente o dia do concerto da banda inglesa Muse no pavilhão atlântico. Não que concertos desta banda sejam novidade para mim, afinal este seria o terceiro concerto desta banda depois do concerto no Campo Pequeno (26-10-2006) e do Rock in Rio (6-6-2008). Ambos foram ocasiões memoráveis e por isso as expectativas para este concerto eram naturalmente elevadas.
Infelizmente o dia não começou auspicioso, e a espera para entrar no pavilhão altlantico foi dificultada pelo frio intenso e pela chuva torrencial que se fizeram sentir. Mas isso viria a ser largamente compensado.
As 20h a banda de abertura os escoceses Biffy Clyro, deram um pequeno concerto, que ao contrário do que é habitual com muitas bandas de abertura foi bastante interessante (se bem que prejudicado pelo som demasiado alto e distorcido) com algumas das suas canções como Golden Rule, Capitan, e Mountain a ficarem na memória da audiência e a receberem merecidos aplausos.
Mas o melhor so começou ja passavam 20 min das 21h. Começou por arranha-ceus eletronicos que quando desceu a cortina revelou os três elementos da banda em plataformas situadas vários metros acima do palco e envoltos em vários paineis eletronicos. O concerto começou com o a Uprising, tema de abertura do seu novo álbum The Resistance, a qual rapidamente se juntou um coro de vozes do publico em respostas a letra que aparecia com a musica. A Uprising seguiu-se mais uma das suas novas canções, e foi a vez de Resistance ser recebida entusiasticamente pelo público. No final desta canção as plataformas desceram até ao nivel do palco para deixar a banda interpretar um dos seus velhos temas, New Born, a que se seguiram Map of the Problematique e Supermassive Black Hole. Após mais uma incursão por The Resistance, desta vez com MK Ultra, seguiu-se Hysteria a lembrar os álbuns mais antigos da banda. Depois nova subida da banda nas suas plataformas elevadoras, desta vez para duas músicas tocadas num piano devidamente iluminado, primeiro United States of Eurasia (com o mapa da Europa como fundo) e depois Feeling Good que fez as delícias da audiência. De novo ao nivel do solo seguiram-se as mais recentes Guiding Light e Undisclosed Desires, logo seguidas por Starlight, Plug in baby e Time is running out que levaram ao rubro o Pavilhão Atlântico. Para finalizar esta parte foi novamente escolhido um tema do novo album, Unnatural Selection. Após um breve intervalo, a banda deu um pequeno encore, que começou com a primeira parte da sua sinfonia Exogenesis, mudando depois para um registo mais enérgico com Stockholm Syndrome e finalizando em apoteose com Knights of Cydonia.
Contrariamente aquilo que eu temia, o som era muito razoavel, sem ser excessivamente alto nem distorcido permitindo aperciar a performance da banda que esteve sempre ao nivel a que nos habitou, e para mim não deixa de ser digno de nota a exelente prestação do vocalista Matthew Bellamy que interpretou notavelmente todas as canções independentemente do seu elevado nivel de dificuldade. O publico partilhou o entusiasmo da banda recebendo desta o elogio “best crowd of the tour”, nas palavras do baterista Dominic Howard.
A sensação que se tem neste espectaculo é que nada foi deixado ao acaso. Desde os paneis eletrónicos às luzes, tudo foi pensado para se enconrar em harmonia com as musicas e deixar extasiados os mais exigentes. Não posso deixar de notar como algumas canções que quando ouvidas nos album não sobressam especialmente, ao vivo aquirem totalmente outra dimensão, como se tivessem novo folego e um brilho que não seria de esperar à partida que tivessem. Exemplos disto são Unnatural selection e MK Ultra e mesmo as já conhecidas Map of the Problematique e Knights of Cydonia que são musicas muitíssimo valorizadas ao vivo. Infelizmente, na minha opinião, o contrário aconteceu a Overture, a parte inicial da sinfonia Exogenesis, uma magnífica peça orquestral, que a ver, perde muito do seu encanto neste formato. Eles prometeram voltar para o ano. Eu fico à espera da próxima ocasião para comprovar mais uma vez o talento desta banda nas actuações ao vivo onde se mostra merecedora de todos os prémios de Best Live que ganhou ou possa vir a ganhar.

sábado, 10 de outubro de 2009

Reciclagem musical XXXVI

Para esta trigésima sexta recicalgem musical escolhi uma canção chamada 22, da cantora inglesa Lily Allen, e que faz parte do seu album de 2009, “It’s not me, it’s you”.

“22”

When she was 22 the future looked bright
But she's nearly 30 now and she's out every night
I see that look in her face, she's got that look in her eye
She's thinking how did I get here and wondering why

It's sad but it's true how society says her life is already over
There's nothing to do and there's nothing to say
'Til the man of her dreams comes along
Picks her up and puts her over his shoulder
It seems so unlikely in this day and age

She's got an alright job but it's not a career
Whenever she thinks about it, it brings her to tears
'Cause all she wants is a boyfriend, she gets one night stands
She's thinking how did I get here, I'm doing all that I can

It's sad but it's true how society says her life is already over
There's nothing to do and there's nothing to say
'Til the man of her dreams comes along
Picks her up and puts her over his shoulder
It seems so unlikely in this day and age

It's sad but it's true how society says her life is already over
There's nothing to do and there's nothing to say
'Til the man of her dreams comes along
Picks her up and puts her over his shoulder
It seems so unlikely in this day and age

A vida muitas vezes não se torna do que as pessoas gostariamos que se tornasse. Existem, penso eu, muitas outras mulheres como esta, que olham com tristeza para aquilo em que a sua vida se tornou, para o emprego que não foi o aquele com que sonharam e não não lhes permite voos mais altos, para as relações que não não duram mais do que horas ou dias. Vidas que se enchem de uma mistura de solidão, sentimento de fracasso de impotência, como se aos 30 anos já fosse tarde para mudar a rumo a sua vida. E apenas a resta a pergunta de como vieram ali parar, o que devereriam ter feito e não fizeram e o que mais podem fazer quando um futuro melhor parece uma possibilidade tão remota que quase jão não ousam acreditar que tal seja possível.

Reciclagem musical XXXV (Reciclagem musical nacional V)

Para esta trigésima quinta reciclagem musical escolhi uma canção do cantor português Rui Veloso chamada Todo a tempo do mundo, do seu album de 1998, Avenidas.

“Todo o tempo do mundo”

Podes vir a qualquer hora
Cá estarei para te ouvir
O que tenho para fazer
Posso fazer a seguir

Podes vir quando quiseres
Já fui onde tinha de ir
Resolvi os compromissos
agora só te quero ouvir

Podes-me interromper
e contar a tua história
Do dia que aconteceu
A tua pequena glória
O teu pequeno troféu

Todo o tempo do mundo
para ti tenho todo o tempo do mundo
Todo o tempo do mundo

Houve um tempo em que julguei
Que o valor do que fazia
Era tal que se eu parasse
o mundo à volta ruía

E tu vinhas e falavas
falavas e eu não ouvia
E depois já nem falavas
E eu já mal te conhecia

Agora em tudo o que faço
O tempo é tão relativo
Podes vir por um abraço
Podes vir sem ter motivo
Tens em mim o teu espaço

Todo o tempo do mundo
para ti tenho todo o tempo do mundo
Todo o tempo do mundo

O tempo é, nos dias que correm, um dos bens mais escassos e preciosos. Passamos grande parte das nossas vidas sobrecarregados de tarefas e desejaríamos que tempo pudesse esticar a fim de poder acomodar tudo o que gostariamos de fazer. Mas infelizmente o tempo corre sempre a mesma velocidade, e nós corremos o risco de nos perdermos em tudo o que temos de fazer e ir deixando para segundo plano o que nunca deveriamos deixar de lado, como seja ouvir as pessoas que são mais próximas. Porque as ouvir as pessoas e estar perto delas e única maneira de as conhecer verdadeiramente e esse tempo não é certamente tempo desperdiçado. Porque a maior parte das coisas pode esperar, ao contrário do que por vezes somos levados a pensar, o mundo não cai se tudo não for feito o mais depressa possivel. E há pessoas para as quais temos mesmo de ter todo o tempo do mundo.

Reciclagem musical XXXIV

Para esta trigésima quarta reciclagem musical escolhi uma canção chamada Footballer’s wife da jovem cantora escocesa Amy MacDonald que parte do seu album de estreia This is the life (2008).

“Footballer’s wife”

Oh Mr. James Dean, he don't belong to anything
Oh he left before they could get him
With their ways, their wicked ways

Oh Marilyn Monroe, where did you go?
I didn't hear all your stories
I didn't see all your glory

But the footballer's wife tells her troubles and strife
I just don't care in the end
Who is she to pretend
That she's one of them?
I don't think so

And the girl from that show
Yes the one we all know
She thinks she's some kinda star
Yes you know who you are
I don't think so, I don't think so

Oh Ginger Rogers, Fred Astaire
Won't you dance for me cos I just don't care
What's going on today
I think there's something more, something more
And I'm gone with the wind like they were before
But I'm believing myself I think there's something more
There must be something more
I think there's something more, something more

But still the footballer's wife tells her troubles and strife
I just don't care in the end
Who is she to pretend
That she's one of them?
I don't think so
And the girl from that show
Yes the one we all know
She thinks she's some kinda star
Yes you know who you are
I don't think so, I don't think so

Oh I don't believe in the telling of your stories
Throughout your life, there's just something unappealing
It don't catch my eye
It don't catch my eye
Oh I don't believe in the selling of your glories
Before you leave this life, there's so much more to see
I don't believe this is how the world should be

But still the footballer's wife tells her troubles and strife
I just don't care in the end
Who is she to pretend
That she's one of them?
I don't think so
And the girl from that show
Yes the one we all know
She thinks she's some kinda star
Yes you know who you are
I don't think so, I don't think so
The footballer's wife tells her troubles and strife
I just don't care in the end
Who is she to pretend
That she's one of them?

Esta canção lembra-nos de que fama não é apenas aparecer no mundo da televisão e das revistas cor-de-rosa, limitando-se a contar as suas historias desinteressantes e que nada significam. Um Esquecem-se de que o talento não se faz por encomenda e que um artista tem de ter uma mensagem a transmitir com a sua obra e através chegar às pessoas. Especialmente neste mundo onde tudo e muito efémero, e se tudo se pode desvanvanecer mais cedo ou mais tarde, com a diferença de que quem tem de facto algo a dizer acaba por ser recordado mais tarde, ao contrario destas pseudo-estrelas de quem ninguém se vai lembrar.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Miradouros de Lisboa parte IV

Na 4a-feira dia 9 de Setembro e no domingo, dia 13, fomos visitar os ultimos miradouros da lista, que não se situam em Lisboa, mas sim em Almada e que permitem uma visão priviligada do centro de Lisboa. No regresso a casa parámos ainda ao alto do parque da Serafina.Aqui ficam então as ultimas fotografias desta colecção.








A Ponte 25 de Abril vista do miradouro do Cristo-Rei (Almada)











A baixa de Lisboa vista do miradouro de Almada Velha (Almada)















O Aqueducto das Águas Livres visto do parque da Serafina (Lisboa)






sábado, 5 de setembro de 2009

Turismo interno

Estas visitas a vários miradouros em Lisboa deixaram-me a pensar no quão mal conhecemos a nossa propria cidade e no quão mal conheço o nosso país. Eu nasci e vivi em Lisboa toda a minha vida e no entanto sei lamentavelmente pouco acrerca dela. Com mais frequência do que gostaria não tinha outro remédio senão perguntar ao meu pai o que estava a ver a partir do vários miradouros que visitámos. Não sou, certamente caso único. A verdade e que a maior parte das pessoas conhece muito mal o país e não está muito interessada em conheçe-lo melhor. Nos últimos anos tem sido feito um esforço no sentido de promover o turismo interno através de campanhas publicitárias que têm como objectivo lembrar as pessoas a existência de muitos locais que vale a visitar que não apenas as praias do Algarve. E existem, de facto, mas são muito menos visitados e valorizados do que deveriam. E se certamente que os impedimentos finaceiros pesam na decisão de muitas pessoas, também a mentalidade não ajuda: muitos são os que podendo, viajam pelo estranjeiro, recusando-se no entanto a conhecer melhor o seu país e tudo o que este possa ter para oferecer. Infelizmente o desinteresse não é exclusivo dos potenciais visitantes: há muito a ser feito além de campanhas publicitárias no que toca ao turismo interno, sobretudo no que diz respeito a correcta sinalização e manuenção dos locais de interesse turistico. E não é preciso ir muito longe para descobrir muitos tesouros históricos ao abandono e em ruinas, entregues ao desgaste dos anos. Mas nem tudo são más noticias. Este é um assunto que tem vindo a despertar um crescente interesse e penso que já existe alguma preocupação com a manutenção dos locais que potencialmente atraem turistas, e possivelmente a situação tenderá a melhorar. Há no entanto muito a fazer tanto na promoção do turismo interno como na perservação do património.

sábado, 22 de agosto de 2009

Miradouros de Lisboa parte III

A visita aos miradouros continuou hoje, deste vez o local escolhido foi o topo do Padrão dos Descobrimentos em Belém. Aqui ficam algumas das fotografias:



















A Praça do Império vista do Padrão dos Descobrimentos


















O Centro Cultural de Belém visto do Padrão dos Descobrimentos


















Vista do Padrão dos Descobrimentos incuindo o Palácio Nacional da Ajuda e a Igreja da Memória


























A Torre de Belém vista do Padrão dos Descobrimentos

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Reciclagem musical XXXIII

Para esta trigésima terceira reciclagem musical escolhi uma musica dos norte-americanos Green day, seu álbum de 2004, Americam idiot. Esta canção chama-se Boulevard of Broken dreams, e é na minha opinião uma interessante metafora do que é a vida de algumas pessoas.

"Boulevard Of Broken Dreams"

I walk a lonely road
The only one that I have ever known
Don't know where it goes
But it's home to me and I walk alone

I walk this empty street
On the Boulevard of Broken Dreams
Where the city sleeps
and I'm the only one and I walk alone

I walk alone
I walk alone

I walk alone
I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
Until then I walk alone

Ah-ah, Ah-ah, Ah-ah, Aaah-ah,
Ah-ah, Ah-ah, Ah-ah

I'm walking down the line
That divides me somewhere in my mind
On the border line
Of the edge and where I walk alone

Read between the lines
What's fucked up and everything's alright
Check my vital signs
To know I'm still alive and I walk alone

I walk alone
I walk alone

I walk alone
I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
Until then I walk alone

Ah-ah, Ah-ah, Ah-ah, Aaah-ah
Ah-ah, Ah-ah

I walk alone
I walk a...

I walk this empty street
On the Boulevard of Broken Dreams
Where the city sleeps
And I'm the only one and I walk alone

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
Until then I walk alone...

Esta estrada solitária poderia representar com alguma exactidão a vida de muitas pessoas. Pessoas que vivem em cidades onde repletas de outras pessoas que não conhecem e que nada lhes dizem e que seguem sozinhas o seu percurso de vida sem ligação a ninguém, como se vivessem num mundo fantasma de uma cidade adormecida, sem outra companhia que não eles proprios e sem outra prespectiva que não seja continuarem a viver da unica maneira que sabem e esperarem que um dia a sua estrada seja menos solitária.

domingo, 16 de agosto de 2009

Miradouros de Lisboa parte II

A nossa visita aos miradouros de Lisboa continuou hoje, desta vez nos miradouros da Senhora do Monte e da Graça. Uma vez mais aqui ficam algumas das fotografias tiradas hoje.






Vista do Miradouro da Senhora do Monte











A colina do castelo de S. Jorge e a rio Tejo vistos do miradouro da Senhora do Monte











O Castelo de S. Jorge visto do miradouro da Senhora do monte










O rio Tejo visto do miradouro da Senhora do Monte






segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Reciclagem musical XXXII (Reciclagem musical nacional IV)

Nesta trigésima segunda reciclagem musical, escolhi um outro tema de Jorge Palma, do seu album de 1985, O lado errado da noite. Esta canção é bem conhecida do público em geral e chama-se Deixa-me rir.

“Deixa-me rir”

Deixa-me rir
Essa história não e tua
Falas da festa, do sol e do prazer
Mas nunca aceitaste o convite
Tens medo de te dar
E não e teu o que queres vender

Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor

Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira

Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho
De que falas com tanto apreço
Esse curioso alambique
Onde são destilados
Noite e dia o choro e o riso

Deixa-me rir
Ou entao deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre so por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a mascara sufocante

Pois é, pois é
Ha quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira


Há quem viva vidas que não são as suas, exprimindo opiniões e exibindo sentimentos que lhes são totalmente estranhos, como se lhes faltasse a coragem ou a capacidade para terem o seu próprio ponto de vista e a sua própria conduta. Já o ilustre dramaturgo Oscar Wilde se referia a este comportamento dizendo:“Most people are other people. Their thoughts are someone else’s opinions, their lives a mimicry, their passions a quotation.” No entanto, toda esta espécie de vida fictícia acaba por permanecer totalmente desconhecida, vazia do significado que apenas o que a experiência e reflexão individuais podem ter. Talvez por isso o discurso destas pessoas se torne de tal modo esteotipado que nem se apercebem do quão ridiculamente previsíveis se tornam.

domingo, 9 de agosto de 2009

Miradouros de Lisboa parte I

Durante o mês de Agosto, o meu pai e eu decidimos visitar alguns dos mais emblemáticos miradouros da cidade de Lisboa e tirar algumas fotografias. Por isso no dia de 8 de Agosto, fomos fotografar a paisagem da baixa lisboeta a partir do miradouro de S. Pedro de Alcântara e do topo do elevador de Santa Justa. Aqui ficam então algumas dessas fotografias.







Vista do miradouro de S. Pedro de Alcãntara
















A Sé de Lisboa e o rio Tejo vistos do Miradouro de S. Pedro de Alcântara

















O Castelo de S. Jorge visto do miradouro de S. Pedro de Alcântara














A praça D. Pedro IV vista do elevador de Santa Justa














O Teatro Nacional D. Maria II visto do elevador de Santa Justa

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Reciclagem musical XXXI (Reciclagem musical nacional III)

Para esta trigésima primeira reciclagem musical escolhi uma canção do cantor e compositor português Jorge Palma, do seu album de 1989, Bairro do Amor. Esta canção chama-se Frágil e demonstra bem, na minha opinião, o estilo directo e bastante original deste autor.

“Fragil”

Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
E não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil

Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar de mais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Eu sinto-me frágil

Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil

Está a saber-me mal
Este whisky de malte
Adorava estar in
Mas estou-me a sentir out
Frágil
Eu sinto-me frágil

Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Eu sinto-me frágil

Dá que pensar a teia de relações superficiais que as pessoas montam, feitas de conversas ínuteis e vazias de conteúdo, em que muito se fala e pouco se diz, destinadas unicamente a manter as aparências, numa tentativa de preencher um silêncio opressivo feito de uma solidão que tivesse voz poderia ser ensurdecedora. Fazem lembrar um conjunto de personagens de uma farsa com contornos de tragédia e comédia ao mesmo tempo, envolvidas numa desgastante e sempre incabada tentativa que no final acaba por só lhes recordar o quão sozinhas estão.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Reciclagem musical XXX

Para esta trigésima reciclagem musical escolhi mais uma canção dos norte-americanos The National, desta vez do seu álbum de 2007, Boxer, (o mesmo de Mistaken for Strangers - ver reciclagem musical XIII), e que se chama Apartment Story.

“Apartment Story”

Be still for a second while I try and try to pin your flowers on
Can you carry my drink I have everything else
I can tie my tie all by myself
I'm getting tired, I'm forgetting why

Oh we're so disarming darling, everything we did believe
is diving diving diving diving off the balcony
Tired and wired we ruin too easy
sleep in our clothes and wait for winter to leave

Hold ourselves together with our arms around the stereo for hours
While it sings to itself or whatever it does
when it sings to itself of its long lost loves
I'm getting tired, I'm forgetting why

Tired and wired we ruin too easy
sleep in our clothes and wait for winter to leave
but I'll be with you behind the couch when they come
on a different day just like this one

We'll stay inside until somebody finds us
do whatever the TV tells us
stay inside our rosy-minded fuzz for days
We'll stay inside until somebody finds us
do whatever the TV tells us
stay inside our rosy-minded fuzz

so worry not
all things are well
we'll be alright
we have our looks and perfume on

stay inside until somebody finds us
do whatever the TV tells us
stay inside our rosy-minded fuzz
so worry not
all things are well
we'll be alright
we have our looks and perfume on

Há quem diga que todos usamos mascaras. Criamos uma variante de nós que mostramos aos outros, de preferencia o mais igual a toda a gente à nossa volta possível, nem que seja para podermos passar despercebidos, fundirmo-nos num cenário que nos rodeia sem problemas de maior. Vivemos numa quase obesessão de ,e sobretudo parecer, o mais normais possivel e enquanto essa fachada se mativer no lugar, então tudo estará bem. Mas há um outro mundo para além disso. E muitas vezes acabamos por passar a viver apenas nesse mundinho restrito e fechado, feito de trivialidades e coisas sem importância, desligado da realidade, sem lugar para objectivos ou projectos a longo prazo, como se desistissemos de criar algo nosso ou de ter algo a ambicionar além de viver mais um dia igual a tantos outros. E esperar que melhores dias venham, que um dia não desistamos tão facilmente.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Reciclagem musical XXIX

Para esta 29ª reciclagem musical escolhi mais uma canção dos norte-americanos The National do seu álbum de 2005, Alligator. Esta reciclagem musical só foi possivel graças à colaboração do Pedro (http://pedromartinspt.com/blog/) que me deu a conhecer esta canção e a quem dedico este post.

“Looking for astronauts”

We're out looking for astronauts, looking for astronauts
We're out looking for astronauts, looking for astronauts
It's a little too late, too late, too late for this
Isn't it a little too late for this
Little too late, too late for this
Isn't it a little too late for this

You know you have a permanent piece
Of my medium-sized American heart

We're out looking for astronauts, looking for astronauts
We're out looking for astronauts, looking for astronauts
Are we gone
Come on yeah, we know we're gone
Bye bye bye
Bye bye bye we know we're gone

Take all your reasons and take them away
To the middle of nowhere, and on your way home
Throw from your window your record collection
They all run together and never make sense
But that's how we like it, and that's all we want
Something to cry for, and something to hunt

Are we gone
Come on yeah, we know we're gone
Bye bye bye
Bye bye bye we know we're gone

We're out looking for astronauts, looking for astronauts
We're out looking for astronauts, looking for astronauts
It's a little too late, too late, too late for this
Isn't it a little too late for this
Little too late, too late for this
Isn't it a little too late for this

You know you have a permanent piece
Of my medium-sized American heart
So don't wear the watch
When you're out with the cunts
You can break what you have, but the rest of it's mine

Take all your reasons and take them away
To the middle of nowhere, and on your way home
Throw from your window your record collection
They all run together and never make sense
But that's how we like it, and that's all we want
Something to cry for, and something to hunt

Esta canção fala do modo como algumas pessoas passavam a vida a sonhar com o inatingível. E esses sonhos impossíveis ocupam tanto do seu coração que se tornam na essência das suas vidas, no motivo das suas alegrias e tristezas ao mesmo que se tornam o fio condutor das mesmas ao fornecem o objectivo de vida que tanta falta lhes faz. Mas tudo isso tem o seu reverso: a realidade não é feita de sonho e quem vive a num mundo que não o real corre o risco de ver a vida passar-lhe ao lado e não aproveitar o que esta pudesse ter para lhe oferecer até um dia ser tarde demais.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Reciclagem musical XXVIII (Reciclagem musical nacional II)

Continuando a reciclagem musical anterior, trago mais uma musica do cantor português Sérgio Godinho, desta vez do seu álbum de 1978, “Pano cru” e que se chama “O primeiro dia”. Esta musica e muito conhecida da generalidade das pessoas, e é também na minha opinião uma canção muito interessante que merece alguma atenção.

“O primeiro dia”

A princípio simples anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no burburinho
bebem-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos memória uma frase batida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo e dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos memória uma frase batida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida

E então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se e come-se se algum nos diz bom proveito
e vem-nos memória uma frase batida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso por curto que seja
apagam-se as duvidas num mar de cerveja
e vem-nos memória uma frase batida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida

E enfim duma escolha faz-se um desafio
e enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos memória uma frase batida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida

Entretanto o tempo fez cinza da brasa
outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos memória uma frase batida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida

A vida é feita de ciclos, de ciclos que se vão fechando à medida que novos ciclos se abrem. Começamos por ter um mundo de certezas de passos cautelosos que rapidamente se tornam em ambições de querer mudar tudo de grandes sonhos e ideais pelos quais lutar. Mas na vida também é feita de sombras e mais tarde ou mais cedo, acabamos por questionar a nossa rota, se não teremos já perdido o rumo há muito. È então que urge voltar à realidade e perseguir desta vez um objectivo definido e concreto e traçar um rumo do qual não nos desviaremos. E no fim, com alguma sorte, poderemos olhar para trás e achar que valeu a pena e vermos a vida fluir ao seu ritmo. E assim se abrem e fecham ciclos, em cada um deles se inicia uma nova etapa e cada dia na nova etapa é facto o primeiro dia do resto da nossa vida.

domingo, 26 de abril de 2009

Reciclagem musical XXVII (Reciclagem musical nacional I)

Desta vez a 27ª reciclagem musical vai andar um pouco por outras paragens. Escolhi pela primeira vez um tema da música portuguesa que eu gosto particularmente, uma canção do Sérgio Godinho do seu álbum de 1981, Canto da boca. Esta canção tem na minha opinião um poema lindíssimo que merece um pouco de atenção. Vale a pena notar que a feira da ladra se realiza todas as terças-feiras e todos os sábados no Campo de Santa Clara, em Lisboa.

“É Terça-feira”

É terça-feira
Feira da ladra
Abre hoje às cinco
Da madrugada

E a rapariga
Desce as escadas quatro a quatro
Vai vender mágoas
Ao desbarato
Vai vender juras falsas
Amarguras, ilusões
Trapos e cacos e contradições

É terça-feira e das cinzas talvez
Amanhã que é quarta-feira
Haja fogo outra vez
O coração é incapaz
De dizer
Tanto faz
Parte para a guerra
Com os olhos na paz

É terça-feira
Feira da ladra
Quase transborda
De abarrotada
E a rapariga
Vende tudo o que trazia
Troca a tristeza
Pela alegria
E todos querem
Regateiam
Amarguras, ilusões
Trapos e cacos e contradições

É terça-feira e das cinzas talvez
Amanhã que é quarta-feira
Haja fogo outra vez
O coração é incapaz
De dizer
Tanto faz
Parte para a guerra
Com os olhos na paz


É terça-feira
Feira da ladra
Fica enfim quieta
E abandonada
E a rapariga
Deixou no chão um lamento
Que se ergue e gira
E roda com o vento
E rodopia
E navega
E joga à cabra cega
É de nós todos
E a ninguém se entrega

É terça-feira e das cinzas talvez
Amanhã que é quarta-feira
Haja fogo outra vez
O coração é incapaz
De dizer
Tanto faz
Parte para a guerra
Com os olhos na paz

A vida, tantas vezes comparada a um palco do teatro poderia bem ser a feira da ladra desta canção. Onde esta rapariga, tal como todos nós, leva todas as suas desilusões e perdas e acaba por transmiti-las a outros na busca por recordações mais felizes. Espera poder assim renascer das suas próprias cinzas e reerguer a sua vida num amanhã que se espera mais feliz. Numa busca que nunca acaba, mesmo quando as circunstâncias são adversas, e mesmo nos dias cinzentos continuamos a ter no horizonte o sonho de dias mais luminosos.

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril, 35 anos depois

Hoje é dia 25 de Abril. Há 35 anos um golpe militar pôs fim ao regime ditatorial que governava Portugal há 48 anos. Esta data é provavelmente o maior marco na Historia recente do nosso país. Eu, como muitos portugueses nasci em 1987, muito depois da revolução e do período de instabilidade de que se seguiu. Para mim, toda a revolução o seu enquadramento não são mais do que matéria dos livros de Historia, distantes da realidade em que eu sempre vivi. Mesmo para os meus pais, que estavam no inicio da adolescência na altura revolução, a vida antes dela não algo que os meus pais tenham conhecido muito bem. Os livros de história, os documentários da televisão e os testemunhos dos meus avós e da Tia Lídia me permitiram ter uma ideia do que era o Portugal antes do 25 de Abril. E a ideia que me foi transmitida foi a de um país profundamente atrasado, rural, afastado e isolado do mundo e da Europa. Talvez por terem sido estas características as que sofreram uma maior mudança: o 25 de Abril permitiu uma maior aproximação a Europa a um avanço da mentalidade associado a uma mudança significativa na vida quotidiana das pessoas. Poderemos dizer que não temos hoje em dia grandes motivos para uma visão muito optimista do presente e do futuro, com uma classe politica descredibilizada junto da sociedade civil, em grande parte devido a sua própria incompetência e à corrupção instalada na esfera politica que chega aos nossos ouvidos todos os dias, mas que insiste em passar impune, com uma justiça no mínimo lenta e ineficaz. Mas apesar de situação não ser a mais propícia a celebrações, o 25 de Abril teve a sua importância: não só na mudança de regime político, mas nas liberdades individuais, que nos tomamos de tal modo por garantidas que temos dificuldade em imaginar o que seria viver sem elas. Talvez por isso seja importante a celebração deste dia. Para nos esquecermos da importância que teve, do legado que nos deixou e que cabe a todos preservar, mesmo em dias de crise como são os que vivemos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Reciclagem musical XXVI

Esta reciclagem musical é um pouco a continuação da 11ª reciclagem musical, uma vez que trago mais uma canção do álbum de estreia dos Britânicos Keane , Hopes and Fears. Esta canção chama-se We might as well be strangers e é na minha opinião uma das mais belas canções deste banda.

"We Might As Well Be Strangers"

I don't know your face no more
Or feel your touch that I adore
I don't know your face no more
It's just a place I'm looking for

We might as well be strangers in another town
We might as well be living in a different world
We might as well
We might as well
We might as well

I don't know your thoughts these days
We're strangers in an empty space
I don't understand your heart
It's easier to be apart

We might as well be strangers in another town
We might as well be living in a another time
We might as well
We might as well
We might as well be strangers
Be strangers
For all I know of you now
For all I know of you now
For all I know of you now

Esta canção aborda uma questão muito familiar nos dias que correm. Será que conhecemos realmente as pessoas com quem vivemos, com que partilhamos as nossas vidas. Ao fim de anos de dias e dias passados a correr perdidos no nosso mundo e nas nossas lutas de todos os dias, quanto sobra de nós para o que possamos partilhar algo com alguém a nossa volta? E um dia percebemos que nos fomos afastando devagarinho, que os dias passaram e nos transformaram, somos agora pessoas diferentes que já nada têm em comum, que já nada têm a partilhar, somos tão desconhecidos um para o outro como duas pessoas que nunca se antes se tinham cruzado.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Kaiser Chiefs no coliseu de Lisboa

Dificilmente este mês de Fevereiro podia ter começado melhor. Começou com o concerto da banda inglesa Kaiser Chiefs no coliseu de Lisboa. Tal como aconteceu com o concerto dos seus conterrâneos Keane, eu comprei o bilhete para este concerto no final de Outubro de 2008 e este concerto era muito aguardado, não só por tratar-se de uma das minhas bandas favoritas como também devido ao magnifico concerto de que deram no rock in rio no dia 6 de Junho de 2008. Infelizmente, com o exame de Cirurgia I à porta não pude chegar ao coliseu senão às 19h e só consegui ficar por volta da 10ª ou 15ª fila do espectáculo, mas suficiente perto do palco para conseguir uma vista do palco. Às 21h os Danananaykroyd, uma banda escocesa da qual nunca tinha ouvido falar, abriram as hostilidades. E hostilidades é o termo certo: não tardou a que me visse rodeada por uma multidão de pessoas a empurrarem-se sem direcção definida, incitados pelo vocalista da banda. Sinceramente esta meia hora de actuação foi um verdadeiro pesadelo para mim. Não só não gostei da música deles (demasiados gritos para o meu gosto) como não ter onde por os pés e ser empurrada não é exactamente aquilo que mais gosto, já para não falar que tive de ficar cada vez mais para trás para não ser apanhada no meio da confusão. Mas às 22h começou o concerto de Kaiser Chiefs e todas as más recordações foram rapidamente varridas da minha memória pelo seu entusiasmo contagiante. Abriram com o Spanish metal e aí começou o delírio total da audiência, que só aumentou quando se de seguida tocaram o clássico Everyday I love you less and less levando o Ricky Wilson (com 31 anos acabados de fazer) a comentar: “you’re the loudest crowd in this tour” e advertir “don’t relax” dando o mote seguido para Everything is average nowadays acompanhado pela audiência que cantava a plenos pulmões. Seguiram-se Heat dies down e You want history, que puseram audiência a ensaiar movimentos de dança ao ritmo das músicas. Seguiu-se um dos momentos altos da noite com Ruby em que o coliseu quase vinha abaixo, e logo depois de Thank you very much em que o frontman Ricky Wilson aproveitou para questionar a audiência sobre a maneira mais correcta de agradecer: se deveria dizer obrigado ou obrigada! A banda apresentou o seu mais recente single Good days bad days, deixa a que serviu para afirmar que os seus dois dias em Portugal tinham sido good days. O concerto continuou numa espiral ascendente com Na na na nana, Modern way e Half the truth e atingiu o seu clímax com o seu mais recente sucesso Never miss a beat seguido de I predict a riot, Take my temperature e finalmente The angry mob com um acompanhamento do publico que soava a marcha militar triunfante, só evidenciando uma audiência totalmente rendida, que ele elogiou dizendo que os seus concertos dados no nossos país tinham sidos os melhores do ano. O encore não se fez esperar com Tomato in the rain e Can’t say what I mean, tendo o concerto terminado com Oh my god que foi um verdadeiro desafio às exaustas cordas vocais da audiência que se esforçavam para atender os pedidos de Ricky para cantarem mais alto. Em jeito de despedida anunciaram que estariam de regresso no próximo verão. Mal posso esperar e certamente lá estarei mais uma vez.