quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Kaiser Chiefs no coliseu de Lisboa

Dificilmente este mês de Fevereiro podia ter começado melhor. Começou com o concerto da banda inglesa Kaiser Chiefs no coliseu de Lisboa. Tal como aconteceu com o concerto dos seus conterrâneos Keane, eu comprei o bilhete para este concerto no final de Outubro de 2008 e este concerto era muito aguardado, não só por tratar-se de uma das minhas bandas favoritas como também devido ao magnifico concerto de que deram no rock in rio no dia 6 de Junho de 2008. Infelizmente, com o exame de Cirurgia I à porta não pude chegar ao coliseu senão às 19h e só consegui ficar por volta da 10ª ou 15ª fila do espectáculo, mas suficiente perto do palco para conseguir uma vista do palco. Às 21h os Danananaykroyd, uma banda escocesa da qual nunca tinha ouvido falar, abriram as hostilidades. E hostilidades é o termo certo: não tardou a que me visse rodeada por uma multidão de pessoas a empurrarem-se sem direcção definida, incitados pelo vocalista da banda. Sinceramente esta meia hora de actuação foi um verdadeiro pesadelo para mim. Não só não gostei da música deles (demasiados gritos para o meu gosto) como não ter onde por os pés e ser empurrada não é exactamente aquilo que mais gosto, já para não falar que tive de ficar cada vez mais para trás para não ser apanhada no meio da confusão. Mas às 22h começou o concerto de Kaiser Chiefs e todas as más recordações foram rapidamente varridas da minha memória pelo seu entusiasmo contagiante. Abriram com o Spanish metal e aí começou o delírio total da audiência, que só aumentou quando se de seguida tocaram o clássico Everyday I love you less and less levando o Ricky Wilson (com 31 anos acabados de fazer) a comentar: “you’re the loudest crowd in this tour” e advertir “don’t relax” dando o mote seguido para Everything is average nowadays acompanhado pela audiência que cantava a plenos pulmões. Seguiram-se Heat dies down e You want history, que puseram audiência a ensaiar movimentos de dança ao ritmo das músicas. Seguiu-se um dos momentos altos da noite com Ruby em que o coliseu quase vinha abaixo, e logo depois de Thank you very much em que o frontman Ricky Wilson aproveitou para questionar a audiência sobre a maneira mais correcta de agradecer: se deveria dizer obrigado ou obrigada! A banda apresentou o seu mais recente single Good days bad days, deixa a que serviu para afirmar que os seus dois dias em Portugal tinham sido good days. O concerto continuou numa espiral ascendente com Na na na nana, Modern way e Half the truth e atingiu o seu clímax com o seu mais recente sucesso Never miss a beat seguido de I predict a riot, Take my temperature e finalmente The angry mob com um acompanhamento do publico que soava a marcha militar triunfante, só evidenciando uma audiência totalmente rendida, que ele elogiou dizendo que os seus concertos dados no nossos país tinham sidos os melhores do ano. O encore não se fez esperar com Tomato in the rain e Can’t say what I mean, tendo o concerto terminado com Oh my god que foi um verdadeiro desafio às exaustas cordas vocais da audiência que se esforçavam para atender os pedidos de Ricky para cantarem mais alto. Em jeito de despedida anunciaram que estariam de regresso no próximo verão. Mal posso esperar e certamente lá estarei mais uma vez.

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