sábado, 25 de abril de 2009
25 de Abril, 35 anos depois
Hoje é dia 25 de Abril. Há 35 anos um golpe militar pôs fim ao regime ditatorial que governava Portugal há 48 anos. Esta data é provavelmente o maior marco na Historia recente do nosso país. Eu, como muitos portugueses nasci em 1987, muito depois da revolução e do período de instabilidade de que se seguiu. Para mim, toda a revolução o seu enquadramento não são mais do que matéria dos livros de Historia, distantes da realidade em que eu sempre vivi. Mesmo para os meus pais, que estavam no inicio da adolescência na altura revolução, a vida antes dela não algo que os meus pais tenham conhecido muito bem. Os livros de história, os documentários da televisão e os testemunhos dos meus avós e da Tia Lídia me permitiram ter uma ideia do que era o Portugal antes do 25 de Abril. E a ideia que me foi transmitida foi a de um país profundamente atrasado, rural, afastado e isolado do mundo e da Europa. Talvez por terem sido estas características as que sofreram uma maior mudança: o 25 de Abril permitiu uma maior aproximação a Europa a um avanço da mentalidade associado a uma mudança significativa na vida quotidiana das pessoas. Poderemos dizer que não temos hoje em dia grandes motivos para uma visão muito optimista do presente e do futuro, com uma classe politica descredibilizada junto da sociedade civil, em grande parte devido a sua própria incompetência e à corrupção instalada na esfera politica que chega aos nossos ouvidos todos os dias, mas que insiste em passar impune, com uma justiça no mínimo lenta e ineficaz. Mas apesar de situação não ser a mais propícia a celebrações, o 25 de Abril teve a sua importância: não só na mudança de regime político, mas nas liberdades individuais, que nos tomamos de tal modo por garantidas que temos dificuldade em imaginar o que seria viver sem elas. Talvez por isso seja importante a celebração deste dia. Para nos esquecermos da importância que teve, do legado que nos deixou e que cabe a todos preservar, mesmo em dias de crise como são os que vivemos.
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