Another day, editado em 1972, foi um dos primeiros singles de Paul McCartney na sua carreira a solo. Esta canção conta uma historia muito curiosa e que se aproxima provavelmente daquilo que é a vida diária de muitas pessoas.
Another day
“Every Day She Takes a Morning Bath
She Wets Her Hair,
Wraps A Towel Around Her
As She's Heading For The Bedroom Chair,
It's Just Another Day.
Slipping Into Stockings,
Stepping Into Shoes,
Dipping In The Pocket Of Her Raincoat.
Ah, It's Just Another Day.
At The Office Where The Papers Grow She Takes A Break,
Drinks Another Coffee
And She Finds It Hard To Stay Awake,
It's Just Another Day.
It's Just Another Day.
It's Just Another Day.
So Sad, So Sad,
Sometimes She Feels So Sad.
Alone In Her Apartment She'd Dwell,
Till The Man Of Her Dreams Comes To Break The Spell.
Ah, Stay, Don't Stand Around
And He Comes And He Stays
But He Leaves The Next Day,
So Sad.
Sometimes She Feels So Sad.
As She Posts Another Letter To The Sound Of Five,
People Gather 'Round Her
And She Finds It Hard To Stay Alive,
It's Just Another Day.
It's Just Another Day.
It's Just Another Day.
So Sad, So Sad,
Sometimes She Feels So Sad.
Alone In Her Apartment She'd Dwell,
Till The Man Of Her Dreams Comes To Break The Spell.
Ah, Stay, Don't Stand Around
And He Comes And He Stays
But He Leaves The Next Day,
So Sad.
Sometimes She Feels So Sad.
Every Day She Takes A Morning Bath She Wets Her Hair,
Wraps A Towel Around Her
As She's Heading For The Bedroom Chair,
It's Just Another Day.
Slipping Into Stockings,
Stepping Into Shoes,
Dipping In The Pockets Of Her Raincoat.
Ah, It's Just Another Day.
It's Just Another Day.
It's Just Another Day.”
Um dia igual a tantos outros que o precederam e igual a tantos outros que se lhe seguirão. Aos olhos de todos aqueles para quem os dia se sucedem sempre iguais e previsíveis, numa rotina monótona e opressiva, muitas vezes uma espécie de prisão auto imposta, um filme que se repete ao longo do tempo, dias que se transformam em meses, meses que se tornam anos, perdidos num deserto de memorias cinzentas como as nuvens de um dia de tempestade. Entristecemos. Sem saber muito bem porquê. Sabemos o que esperar, mas também sabemos o quanto gostaríamos de ser surpreendidos, de que por uma vez algo fosse diferente. Vamos sobrevivendo, repetindo maquinalmente os mesmos gestos, aprendidos há tanto tempo que se tornaram há muitos vazios do significado que poderiam um dia ter tido. Numa vida que é em si vazia, solitária, ou antes cheia de pessoas que passam mas não ficam, nada deixam atrás de si a não ser o mesmo sentimento de solidão instalada, a esperança de um futuro diferente mais longínquas a cada dia que passa.
terça-feira, 18 de março de 2008
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