Continuando um pouco na linha destas reciclagens de músicas recentes escolhi uma canção dos norte-americanos The National, do ser álbum Boxer de 2007, intitulada Mistaken for strangers. Este grupo tem várias canções com letras bastante interessantes, nas quais adoptam um tom satírico acerca de vários aspectos da sociedade que são assim sujeitos a uma critica mais ou menos feroz.
Mistaken for strangers
You have to do it running but you do everything that they ask you to
cause you don’t mind seeing yourself in a picture
as long as you look faraway, as long as you look removed
showered and blue-blazered, fill yourself with quarters
showered and blue-blazered, fill yourself with quarters
You get mistaken for strangers by your own friends
when you pass them at night under the silvery, silvery citibank lights
arm in arm in arm and eyes and eyes glazing under
oh you wouldn’t want an angel watching over
surprise, surprise they wouldn’t wannna watch
another uninnocent, elegant fall into the unmagnificent lives of adults
Make up something to believe in your heart of hearts
so you have something to wear on your sleeve of sleeves
so you swear you just saw a feathery woman
carry a blindfolded man through the trees
showered and blue-blazered, fill yourself with quarters
showered and blue-blazered, fill yourself with quarters
You get mistaken for strangers by your own friends
when you pass them at night under the silvery, silvery citibank lights
arm in arm in arm and eyes and eyes glazing under
oh you wouldn’t want an angel watching over
surprise, surprise they wouldn’t wannna watch
another uninnocent, elegant fall into the unmagnificent lives of adults
Esta canção fala-nos num tom algo cruel, acerca do dilema de muitas pessoas: ao mesmo tempo querem e não querem ser vistas. Tal como não se importam de não ser que mais imagens de um fundo desfocado de uma fotografia, são parte de um cenário, imagens anónimas por entre as luzes e animação nocturna característica das grandes e movimentadas cidades, correndo sempre um de lado para outro, sem destino nem objectivo certo, acendo a sempre aos pedidos alheios, vivendo vidas tão apressadas quanto vazias de significado. Pessoas quem falta o sentido de identidade, já que ninguém de facto as conhece, são iguais e indistinguíveis de todas as outras que cruzam as ruas todos os dias. Pessoas essas que ao mesmo tempo sonham pela companhia que não sentem dos outros à sua vida, estando dispostas a acreditar em fantasias que as consolem ou distraiam da amarga solidão que pauta as suas vidas.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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1 comentário:
..ana, eu nunca imaginei que tivesses tanta fibra.
eu nisto dos blogues, ando ainda de bengala branca,mas tenho curiosidade em saber mais do tema.
Mas admiro a firmeza das declarações, e conhecimento dos temas.
Espero que possas dedicar um espaço á xerovia, raiz comestivel, que encontrou solo amigo, para os lados do Telhado-Fundão, espaços que tu bem conheces.
Bem hajas
francisco
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