quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Reciclagem musical XIX

Para esta reciclagem musical eu escolhi uma canção da cantora inglesa Dido do seu segundo álbum, Life for rent, de 2003, chamada igualmente Life for rent, cuja letra é na minha opinião não só de uma grande beleza, como também apresenta uma visão muito particular acerca da vivência das pessoas.

"Life For Rent"

I haven't ever really found a place that I call home
I never stick around quite long enough to make it
I apologize that once again I'm not in love
But it's not as if I mind that your heart ain't exactly breaking
It's just a thought, only a thought

But if my life is for rent and I don't learn to buy
Well I deserve nothing more than I get
Cos nothing I have is truly mine

I've always thought that I would love to live by the sea
To travel the world alone and live more simply
I have no idea what's happened to that dream
Cos there's really nothing left here to stop me
It's just a thought, only a thought

But if my life is for rent and I don't learn to buy
Well I deserve nothing more than I get
Cos nothing I have is truly mineIf my life is for rent and I don't learn to buy
Well I deserve nothing more than I get
Cos nothing I have is truly mine

While my heart is a shield and I won't let it down
While I am so afraid to fail so I won't even try
Well how can I say I'm alive

If my life is for rent and I don't learn to buy
Well I deserve nothing more than I get
Cos nothing I have is truly mineIf my life is for rent and I don't learn to buy
Well I deserve nothing more than I get
Cos nothing I have is truly mine
Cos nothing I have is truly mine
Cos nothing I have is truly mine
Cos nothing I have is truly mine

Passamos pela vida quase sem nos apercebermos disso, vamos vivendo ao sabor da maré para o imediato, cumprindo o que nos é exigido em cada momento sem ter nenhum objectivo, nenhum sonho que guie a nossa vida, que nos faça lutar por algo a que pudéssemos chamar nosso. Vivemos em lugares que nada significam, porque nada fizemos por eles, não são o produto dos nossos sonhos ou da nossa luta, existem simplesmente, mas não nos pertencem por nada significarem para nós. Esquecemo-nos dos nossos sonhos algures no caminho, demasiado compenetrados talvez dos meios para os atingir, e quando os poderíamos de facto concretizar se constatamos que se tornaram completamente vazios de significado. Não nos atrevemos a sair da concha da rotina previsível e vazia das nossas vidas para tentar outros voos, tememos demasiado o fracasso para ousarmos procurar um novo significado para as nossas vidas, e deixamo-nos ficar, sobrevivemos em viver, vivemos como ela tão elegantemente diz, vida alugadas que não aprendemos a comprar.

2 comentários:

Pedro disse...

Concordo que é uma mensagem importante, mas não concordo que seja algo em que nos devamos concentrar. O problema de nos concentrarmos no que não devíamos fazer é que a mensagem que passa é a de uma coisa que é... o destino, logo inevitável. E está longe de o ser... portanto, mantendo isso em mente concentremo-nos não naquilo que "devíamos fazer" mas naquilo que "vamos fazer", porque já passamos a fase do "devíamos" :)

Anónimo disse...
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